Uma declaração a alguém

Pronto. Sim, olá! Se é que existem efectivamente pessoas que (ainda) lêem o meu blog… Ai… Ya, passou um bocado de tempo, sim. Mas vamos esquecer o passado e olhar para o futuro! Mas antes disso queria falar da minha cara metade. Creio que finalmente consegui encontrar o amor da minha vida. E agora que somos um, parece que nunca mais me conseguirei separar dela. Ai, o amor é tão lindo, especialmente quando se está a falar do amor a algo abstracto… Sim, acho que finalmente consegui encontrar alguém e esse alguém é a preguiça. Portanto gostaria de declarar este poema ao meu amor preguiça, do qual não me consigo soltar e que não me permite escrever mais regularmente neste blog. Aqui vai:

 

Soneto Da Preguiça

 

Oh, tão belo é o colchão de uma cama

Sempre tão reconfortante

É como para os porcos a bela lama

De um prazer quase viciante

 

Morrerei a pensar em ti, preguiça

Porque já estás entranhada dentro de mim

Uma paixão jamais quebradiça

Nem quando aprender a falar mandarim

 

Nunca te esquecerei a ti e à nossa paixão

Nunca te vou trair com qualquer noitada no chão

Farei tudo o que puder para te agradar

 

Se tiver de ser viajarei

Se for preciso morrerei

Mas como a ti nunca irei amar.

Crueldade infantil

Eu juro, a crueldade infantil é a pior de todas! E a psicicologia infantil a mais complexa. Uma pessoa sente-se mesmo triste depois de ver criancinhas de cinco anos a praticar pseudo-bullying psicológico em tão tenra idade. Mas eu nunca deixaria de pensar que isto iria dar um post para o meu blog.

Ontem tive treino. Quer isso dizer que tive de ir ao ginásio. Quer isso dizer que tive de ir até ao balneário. E sim, é no balneário que esta história se passa.

Bem, cheguei ao balneário e comecei a tirar a roupa do treino para fora do saco. À minha frente encontram-se quatro meninas do ballet para ai com 5 ou 6 anos. Tinham acabado de vir do treino. Reparei que uma delas estava mais afastada das outras. Parecia excluída. E eu toda fixe, porque ainda tinha muito tempo para me arranjar até o treino começar a tal. Por acaso o dia tinha-me corrido mesmo bem e estava de bom humor! Até que oiço a voz mais amorosa e fofa à fase da terra. A menina mais excluída e mais afastada para a direita diz com uma voz fininha e pequenina.

-Oh meninas, Constança, Carminho e Maria-do-Mar (não sei se se chamavam assim, mas eram definitivamente nomes betos)! Porque é que não esperaram por mim quando eu vos pedi ali no corredor para esperarem por mim? (Cara triste)

(Quero só avisar que não estava nada à espera desta resposta efoi por isso que eu fiquei bastante afetada.)

Uma das outras raparigas (vamos supor que foi a Carminho) vira-se para as outras duas, formando um meio-círculo de costas para a outra e sussurra qulquer coisas parecida com isto:

-É mesmo estúpida esta miúda, ainda acha que nós gostamos dela… Pfff… (Atenção, ela sussurrou isto de maneira a que a outra miúda ouvisse)

O meu coração parou. Como é que é possível? Miúdas de cinco anos a darem estas respostas à pita de 12?? Nãaao!

A outra fica à espera de uma resposta “normal” que fosse feita diretamente para ela. Como não houve resposta, disse:

-Oh meninas, isso é uma falta de educação! Podem-me responder, por favor?

Uma delas (a Carminho outra vez, que devia ser a “líder do gang”) vira-se para a pobre coitada e responde:

-Olhem meninas, parece que a Joana não percebeu muito bem o que nós queríamos dizer. Para além de ser mesmo má a ballet e lenta no corredor ainda é burra e não percebe as coisas que os outros dizem.

Oh meu deus, isto deixou-me mesmo mal…

-Pois é, Carminho! Ela nem sabe correr normalmente como uma pessoa que faz bem ballet! – adicionou a Maria-do-Mar.

Nossa, essa doeu mesmo!

-Ya. E para além disso é mesmo feia! – acrescentou a Constança.

Ahh!

A miúda estava quase a deixar escorrer as lágrimas pela cara abaixo, mas não o fez. Em vez disso, limitou-se a vestir-se e a sair do balneário. As outras ficaram um bocado abananadas, mas para não o parecerem largaram uns rizinhos irritantes bastante forçados.

Menina vítima de crueldade infantil, admiro-te muito! Continua a ser assim, forte! És grande! As outras não valem um décimo daquilo que tu vales! Cumprimentos crunais!

Foto de alguém que queira explicar o que é bullying na nossa escola:

Na pele dos outros

Há cerca de duas semanas escrevi o meu primeiro teste de Português deste ano lectivo. O texto principal era uma crónica, que depois tínhamos de analisar respondendo a diversas perguntas. A crónica chamava-se “Na pele dos outros”. Era de uma cronista que desconheço e tinha sido escrita para a Pública em 2008. Bem, a cronista lá contou uma história que envolvia um amigo italiano, cuja nacionalidade era constantemente confundida num hospital. Aparentemente o serviço do hospital melhorava ou piorava consoante a nacionalidade e etnia que as enfermeiras achavam que este amigo italiano tinha. No fundo, a cronista só queria que o leitor chegasse a algumas conclusões: 1)O comportamento de muita gente muda para pior quando estes se encontram perante alguém de uma nacionalidade tipo Romeno, Indiano, Mexicano, etc. 2)Para que a nossa sociedade se torne numa sociedade mais saudável, é necessário que todos nós nos imaginemos regularmente durante algum tempo na pele dos outros. é necessário percebermos o que significa viver e ter os problemas das vidas de certas pessoas, perceber que a vida não é um mar de rosas para ninguém. E ela não falava de nos imaginarmos na pele de pessoas de outras nacionalidades, oh não! Mas sim de pessoas com que nos deparamos no dia-a-dia, pai, mãe, irmão, marido, mulher, filho, etc. Achei a crónica bem escrita e muito interessante.
Mas eu referi esta crónica no princípio do post para haver uma espécie de “introdução” para aquilo que eu vou contar.

Na última quinta-feira tive o prazer de fazer três horas de voluntariado para a AMI. Aliás, tive o prazer de fazer o papel de pessoa chata na rua. Foi sem sombra de dúvida uma experiência bastante enriqucedora e interessante, uma vez que pude finalmente perceber o que é fazer aquele papel de pessoa mesmo, mesmo chata na rua.

A AMI está a fazer um peditório até, penso eu, ao final da próxima semana. Fui informada sobre isto e perguntaram-me se não queria também ajudar. E eu tipo “Ok, porque não? Afinal não deve ser assim tão difícil pedir dinheiro às pessoas na rua para uma associação que todos conhecem…”. Ui.

E lá fui eu, num dia chuvoso para a Avenida da Liberdade ter com a mulher da AMI para me dar o colete, a latinha, a credencial, etc. E depois disso fui para a saída de uma boca de metro da estação do Marquês de Pombal.

Devo dizer que a minha primeira impressão disto tudo foi mesmo muito má. Olhei para um casal de velhos e pensei “Ah, velhos. Normalmente são queridos e generosos”. Ui. E mal eu olhei para a mulher ela vira-se para o marido e diz “Não respondas, não respondas, não respondas, não respondas!!!!” Eu mesmo assim continuei “Boa tarde! Estariam interessados em ajudar a AMI?” A única coisa que recebi de volta foi o desprezo de dois velhos. E nesse momento pensei “Bem,vai ser uma tarde muuuuuuito longa”. Mas até não foi.

Deparei-me sempre com cinco tipos de pessoas:

TIPO DE PESSOA 1) Vinham ter comigo sem eu ter de ir ter com elas. Epá muita queridas, a sério! Eram essas pessoas que me davam energia para continuar!

TIPO DE PESSOA 2) Eu falava com elas e elas estavam dispostas a ajudar com aquilo que tivessem! Muito boa onda também!

TIPO DE PESSOA 3) Eu falava com elas e elas diziam que gostavam mesmo muito de ajudar, mas não tinham nem um cêntimo. Aqui nestes casos, eu não tinha a certeza se elas me queriam despachar ou se estavam a falar a sério.

TIPO DE PESSOA 4) “Estou cheio de pressa!! Vou perder o autocarro!! Desculpa, fica para a próxima!” Diziam eles numa correria para a paragem de autocarro.

TIPO DE PESSOA 5) Estas pessoas, embora precisem de algumas regras de boa educação, foram aquelas que me enriqueceram ainda mais esta experiência. O olhar delas levou-me simplesmente a aceitar o facto de eu ter alguma doença altamente contagiosa tipo lepra. Não, eu não tenho uma doença altamente contagiosa tipo lepra. Mas por momentos cheguei a pensar que alguma coisa estava mal na minha cara ou assim….

Acabei também por fazer uma espécie de estatística, que depois me ajudou também a criar estratégias para recolher mais dinheiro. (Não quero que ninguém venha para aqui dizer que eu sou racista ou coisa parecida!)

A verdade é que o pretos são mais bacanos nestas coisas. São mil vezes mais generosos e ajudam de boa vontade. É VERDADE! Via gajos de fato e gravata (brancos) com iPhones e relógios que devem ter custado pelo menos 1000 euros que quase nunca me davam atenção. Por outro lado via mulheres (pretas) com um ar bastante menos rico e talvez até no limiar da pobreza que contribuam com aquilo que tinham! Aprendam, pessoas gananciosas!

O máximo que consegui recolher de uma só pessoa foi uma nota de cinco euros, Fiquei radiante!

Deixo-vos com esta música dos Anaquim sobre as vidas dos outros. Enjoy!

 

 

 

Desespero

Ora, estamos no dia 16 de Maio, ou seja faltam cerca de um mês e meio para a escola acabar. Sinceramente, já me sinto cansada o suficiente… Não aguento mais… Fisica e psicologicamente. Estou farta da merda da escola! Não estudo aquilo que gostava de estudar, durmo pouco e aqueles que eram os meus últimos recursos, os fins-de-semana, desapareceram. Juro que já não aguento… A isto tudo junta-se a ginástica, que eu adoro e não trocaria por nada, mas que não ajuda muito nesta situação toda… Se desistisse de alguma coisa, a ginástica era a última… Mas eu já NÃO AGUENTO! Cada paço, cada pestanejar de olhos, cada trabalho de casa é cada vez mais pesado que o anterior. Sinto que estou a destruir neurónios como a pesca industrial mata peixes nos oceanos. Dormir oito horas é raro e acordar com energia também. Tem-me acontecido uma coisa que nunca me acontecera em anos anteriores: ter vontade de adormecer numa aula. É das piores sensações que uma pessoa pode ter. Pior do que estar aflitinho para ir à casa de banho, pior do que perder o metro, pior do que ter o telemóvel sem bateria ou saldo quando precisamos dele, pior do que agrafar o dedo. Mas é bom saber que podemos sempre contar com a família e os amigos… Coragem, meus companheiros… Vamos lutar até ao fim…

Isto sou eu:

 

 

 

 

 

Instante 7

Era terça-feira. Ou seja, o único dia, em que tenho uma tarde livre. Por isso decidi ir almoçar a casa da minha querida avó. E ao voltar vim de metro, tendo de mudar na estação do Marquês de Pombal. Eram para ai quatro e meia da tarde. Estava feliz, porque tinha acabado de escrever o meu último teste de matemática deste ano. Muito feliz. Bom, vinha a ouvir Beastie Boys, em homenagem ao grande MCA (grande homem e músico, fiquei profundamente chocada, quando soube da sua morte. RIP). Ao sentar-me num dos bancos imundos da estação do Marquês de Pombal, deparo-me, à minha direita, com um homem com ar de labrego indescritível. Trazia um polo à riscas azuis a vermelhas, com umas calças de ganga e uns sapatos de desporto muito gastos. Possuía uma grande pista de aterragem no topo da cabeça, embora ainda tinvesse um pouco de cabelo rapado nos lados da cabeça. Para vir acentuar ainda mais o seu ar de labrego, estava pedrado como tudo (http://www.youtube.com/watch?v=fphDnT36W4w). Vinha a cambalear pelas escadas e pelo chão do metro. Tenho a impressão que vinha a comer algo. Um pão ou um bolo. Bem, até se chegar a uma rapariga com os seus 20 anos e lhe perguntar o mais alto que podia se “Este comboio vai para Odivelas???” A sua voz ecoou na minha cabeça. O homem teve necessidade de falar falar tão alto, que nem os Beastie Boys, no máximo do volume conseguiram ser mais altos do que ele. Sim, porque eu estava com phones e consegui ouvir perfeitamento aquilo que a nossa personagem perguntou à desgraçada da senhora. A senhora, embora estivesse provavelmente quase a desmaiar com o hálito do labrego, indicou-lhe, com gestos que fez com os braços, que se tinha de dar a volta à estação para poder chegar a esse cais. Eu não a ouvi, só observei a paciência que ela teve ao explicar aquilo ao homem, até porque ela estava de costas para mim.

Bem, a cara do homem fica paralisada durante uns 3 segundos quando a senhora acaba de falar. Dá uma grande e labrega trinca no seu pão/bolo e pergunta com a bouca cheia (Sim, eu ouvi outra vez o que ele tinha dito) “O QUÊ??? NÃO PERCEBI!” A senhora não tinha outra hipótese e decidiu fazer a mesma coisa que tinha feito anterioremente: Explicar novamente de que modo é que o homem podia chegar ao seu destino. O problema é que o homem faz a mesma pergunta, da mesma maneira, com o mesmo pão/bola na boca novamente. Embora a senhora tenha feito outra vez o mesmo, esta cena repetiu-se cerca de mais duas ou três vezes. Podia ter ficado a olhar, mas achei que apenas este instante em si já tinha sido bastante cómico, por isso voltei à minha onda hip-hop/rap à Beastie Boys.

 

MORAL DA HISTÓRIA:

1)Quando virem um homem pedrado finjam que não o viram e fujam.

2)Não fiquem pedrados para não fazerem estas figuras tristes.

 

E AGORA EM HOMENAGEM AOS PEDRADOS E LABREGOS:

 

 

 

Carnaval: a Marge e o Pacman

Acho que nunca tinha referido isto aqui, mas devo dizer que, para mim, o Carnaval é uma época sagrada! Eu simplesmente adoro o Carnaval e mascarar-me e divertir-me. O Carnaval é mais um pretexto para se gozar com as pessoas na rua e para nos rirmos com pessoas que nunca tínhamos visto antes na vida. Para além disso, nenhuma sensação se compara à de estar feliz por ver os outros felizes. Sabemos que, pelo menos as pessoas que viram o nosso fato ou que passaram por nós nunca nos vão esquecer e que sorriram pelo menos uma vez num dia, que podia muito bem ser um dia mau.  É lindo quando vêm ter connosco e dizem: “Epá, a sério, obrigada por me teres feito sorrir hoje, o teu fato está mesmo giro, parabéns e muito obrigado.” É uma sensção única. É claro que é preciso uns bons fatos para isto acontecer, hehe. E para mim e para os meus  queridos amigos isso não é problema. Todos gostamos muito de nos mascarar e por isso ao longo dos anos temos feito fatos fantásticos. Eu sempre achei o conceito de comprar um fato já feito mesmo estúpido. O Carnaval é para uma pessoa se divertir e para estar fantástica! Qual é a piada de estar mascarado de uma forma igual a outras mil pessoas? Pelo menos eu acho isso…

Bom, aqui estão algumas fotos dos meus últimos dois fatos, dos últimos dois anos:

2011 – Marge Simpson

 

(isto é a Marge e  Edward (não! não é o dos vampiros! se forem minimamente cultos sabem que é o scissor-hands!))

 

2012 – Pacman

 

 

Sim, nós sabemos que somos mesmo fofos, não é preciso dizer. 😀

 

Epic moment – ir a correr para apanhar o metro.

Não há nada que ponha uma pessoa mais histérica e com mais energia do que o barulho do metro a chegar. O auge da histeria é sempre atingido na estação do Marquês de Pombal. Não sei porquê, mas é assim. Normalmente não consigo andar de metro sem ouvir música (a menos que esteja com alguém) e quando chego à estação fico naquela de “tiro, não tiro”, mas acabo sempre por tirar os phones para poder ouvir o barulho do metro. Se estiver com muita preguiça para isso limito-me a olhar para a cara das pessoas para ver se elas estão em “modo: apanhar o comboio”, isto é, estar a correr que nem uma chita. Se compararmos o tirar os phones e olhar para a cara das pessoas com métodos contracetivos, podemos dizer que o tirar os phones é a pílula e o olhar para as pessoas é um preservativo. Tirar os phones é sempre melhor se se quer MESMO saber se o metro vem ou não. De qualquer maneira há duas hipóteses de coisas que podem acontecer:

1)Não há metro nenhum a vir.

2)Ouve-se o barulho do metro a chegar. Primeiro as “rodas” do comboio a fazer barulho nos carris. Parecem trovões que se vão aproximando de nós. Depois, no momento em que o comboio entra na estação começa o “nheuuuuuuuuuuuuummmmmm-nhanhanhanhaaaaaaaaa” (eu a tentar reproduzir os sons do metro, hilariante). Por fim o barulho “refrescante” das portas do comboio a abrirem-se. O barulho não é refresante, mas parece que alguém está a abrir uma garrafa de coca-cola com carica.

É agora ou nunca. Este momento é épico. Quem irá vencer esta batalha? O metro e a sua multidão ou eu? É uma questão de vida ou de morte. Depois de se ouvir o barulho do metro a chegar, pode acontecer o seguinte:

1) Não conseguimos perfurar a multidão e sentimo-nos mal por não ter tiradop os phones mais cedo e esperamos mais 5 minutos pelo comboio.

2)Ouvimos o barulho do metro, mas apenas o princípio (ou seja os trovões) e chegamos muito a tempo.

3)Ouvimos o metro a parar e a abrir as portas, corremos que nem uns loucos para perfurar a multidão, ouvimos o aviso de partido (ti-ti-ti-ti) e no último segundo entramos a la James Bond dentro do metro com as portas a fecharem-se. E ficamos tipo assim:

(Agora se isto fosse um programa de crianças irritante, este post acabava assim:

Andar de metro é uma aventura e faz bem. Para além disso é também divertido! hahahaha)

 

Nota: já sabem, este post, tal como o dos indianos não fica com o título de “Instante x” porque não acontece só uma vez, acontece muitas mesmo. Por isso, yeah…

100º post! yuhuuu! Ah e feliz 2012!

AWWWWWWYEAHH BABY!

Não é que o meu blog seja o blog com mais sucesso há fase da Terra, mas eu tenho de admitir uma coisa… TÊM HISTÓRIA.

Eu comecei este blog há cerca de quatro anos (sim, o meu blog faz quatro anos dia 27 de Janero, já está a ficar um homemzinho!) e desde então tenho vindo a mudar bastante. Em tudo. Opiniões, maneiras de pensar, até talvez a aparência. E o melhor neste blog é isso. Eu escrevi coisas neste blog há quatro anos que nunca iria escrever agora num blog. Por exemplo fazer um post a dizer que o AVATAR é um filme bom ou giro ou sei lá o quê. Mas eu não os apago. Eles dão história a este blog e mostram a minha evolução como criatura do mundo. Não é que seja assim tanto fazer 100 posts em quatro anos, but I’m proud to say that this is my 100th post!

100th POST!!!

É uma boa sensação.

Anyway, a verdade é que não tenho escrito muito no blog, porque arranjei um Moleskine pouco antes do Natal e tenho andado a escrever bastante nele. Algumas coisas não virão para aqui, mas mesmo assim ainda virão muitas… Para quem não sabe um Moleskine é uma espécie de caderninho, com milhões de modelos (agendas, diários, cadernos para listas, cadernos para ilustradores, etc.) e que agora andam a ser muito usados por toda a gente. Eram os cadernos mais usados entre os grandes ícones da História (Por exemplo Vincent van Gogh, Pablo Picasso, Ernest Hemingway e outros). O meu modelo é este:É lindo não é?
Para mais informações, consultar este site: http://www.moleskine.com/

Bom, para além disso, queria desejar a todos os leitores um óptimo 2012 (sim, eu sei, eu estou sempre muito adiantada) mesmo com estas merdas da crise e deste pais que se está a afundar tanto que qualquer dia chegamos à Atlântida… Enfim, esperemos que não seja nada ASSIM TÃÃÃÃÃÃO mau. BOM ANO NOVO! Esperem só pelo próximo post!

Os Indianos que dão panfletos na Baixa

Por muito que pareça ao ler o título deste post, não. Eu não sou racista! Eu gosto muito de Indianos. Mas eles às vezes fazem-me puxar pela cabeça como mais ninguem, em alturas em que só me apetece relaxar. O que se passa, desde que eu nasci é o seguinte:

Estou muito bem a passear na Baixa lá, lá lá. Até que, a mais ou menos 10 metros de distância vejo OS Indianos que dão panfletos na Baixa. O que era uma situação de descontração e de relax para estar a ouvir música tornou-se numa situação bastante mais séria. Cada passo pode mudar todo o destino. Cada passo, pode levar-nos ao horrível destino de………. sermos confrontados com OS Indianos que dão panfletos na Baixa e de eles nos perguntarem se queremos aceitar o panfleto do “Tandoori” ou do “Jaipur” ou do “Kebab” ou do “Professor Mamadu”!

Muito bem, passo nrº 1: criar uma estratégia. Temos de pensar em todos os pormenores. Para que lado é que ele(s) vai(vão) estar virado(s), quantos passos anda restam até AO Indiano que dá panfletos na Baixa, se nos confrontarmos com o horrível destino, qual a reação, como fugir?

Passo nrº 2: Pôr tudo em prática. Agora que já temos tudo planeado, é hora de finalmente começar a fuga. Ok, se ele está virado para outra pessoa que está do outro lado e que está a 3 metros de distância, ainda vai ter tempo para voltar a olhar para mim. Calma! Solução! Temos uma solução. Está uma senhora mesmo à minha frente. Se eu me puser mesmo atrás dela, O Indiano que dá panfletos na Baixa não irá reparar em mim, uma vez que apenas se preocupará com a senhora à minha frente. Ok Este é o plano. Aqui vamos nós. Estamos a tres passos d’O Indiano que dá panfletos na Baixa!. 3, 2, 1…

O Indiano que dá panfletos na Baixa olha para a senhora à minha frente, dizendo “Boá Tardi :)” A senhora com um ar snob e arrogante olha para O Indiano que dá panfletos na Baixa e abana a cabeça para um lado e para o outro, em sinal de desaprovação. Mesmo com esta horrível reação da senhora, O Indiano que dá panfletos na Baixa olha para ela com um ar sorridente e responde: “Obrigádo. Boá Tardi :)”.

E eu a pensar que O Indiano que dá panfletos na Baixa não prestasse atenção a mim. Estou muito enganada! Logo no momento em que diz “Obrigádo. Boá Tardi :)” olha para mim com uma cara de “já estou farto de estar aqui o dia todo a oferecer panfletos às pessoas, que me odeiam completamente, mas é o meu trabalho e eu não tenho outra escolha. Só desta vez, vá lá”.

Calma, calma, que temos aqui muitas coisas em jogo! Temos O Indiano que dá panfletos na Baixa e que só quer cumprir o seu trabalho e está horas e horas a tentar vender umas porcarias de uns panfletos do seu restaurante/professor que resolve tudo. depois temos eu, que só queria estar a dar um passeio e a ouvir música e que se deparou com o horrível destino. Por fim temos as árvores de todo o mundo. Reparem, se eu aceitar o papel, este vai automaticamente para o lixo, ou seja = matar árvores desnecessariamente. Se eu não aceitasse o panfleto, o que provavelmente aconteceria era que ou o senhor o guardava outra vez no seu molhinho para no dia seguinte voltar ao trabalho ou deitá-los fora e ser mesmo estúpido. Com a expressão mais amigável que consigo fazer, abano a cabeça, fazendo o sinal de “NÃO”. Como se fosse uma coisa normalíssima, O Indiano que dá panfletos na Baixa vira a cabeça e continua o seu trabalho.

E é assim que eu tento desviar OS Indianos que dão panfletos na Baixa e craditem que eles sempre estarão na Baixa, fazem parte dela.

REDRUM

REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM REDRUM

Se sabes o que isto quer dizer, és mesmo o máximo! Se não sabes o que isto quer dizer, pega num espelho.

 

Se já descobriste, vou só dizer que essa palavra é do filme “The Shining” que eu vi ontem pela primeira vez. Eu simplesmente adorei o filme! A sério! O filme é mesmo assustador, MESMO. E ver o Jack Nicholson com 2 anos e no seu melhor é mesmo muito bom! É um filme tão estranho, tão bizarro, meu Deus! Eu estou aqui simplesmente a deitar pensamentos, porque o filme é tão bom que eu nem sei com falar dele. Vou simplesmente dar-vos 10+1 razões para verem este belo filme:

  • porque é realizado pelo GRANDE Stanley Kubrick
  • porque é um clássico
  • porque deve ser o filme mais assustador de sempre
  • porque é fantástico ver o Jack Nicholson com 2 anos
  • porque o Jack Nicholson está mesmo, mesmo, mesmo bem! Foi a pessoa ideal para fazer este filme
  • porque Danny, uma das personagens que é um miúdo, é mesmo creepy
  • porque tem uma banda sonora espectacular
  • porque é bizarro
  • porque uma pessoa não quer andar em casa depois de ver este filme
  • porque de uma certa forma é verdade, a isolação de tudo e de todos leva a o que vocês sabem (vejam ofilme para saber)
  • porque é simplesmente perfeito (ok, esta não conta, porque é a minha opinião)

 

E aqui ficam algumas imagens deste grande e belíssimo filme:

“REDRUM”

A famosa frase “Here’s Johny!”

O que acontece antes do “Here’s Johny!” (Shelley Duvall aterrorisada)

Madness overload 1

Madness overload 2

Madness overload 3

Shelley Duvall e Danny Lloyd fazem de mãe e filho aterrorizados